A Tabela FAOAREAS

A descrição da ocorrência duma espécie é uma tarefa com várias etapas. Na FishBase, a primeira normalização na descrição das áreas de distribuição das espécies, deu-se quando adoptámos as 27 áreas principais de pesca, estabelecidas internacionalmente para trabalhos de estatística (isto é, estatísticas de captura), as quais são descritas detalhadamente nos FAO Yearbooks (p.ex., FAO 1992). Esta normalização deverá ser útil quando, p.ex., se pretender relacionar estatísticas de captura com biodiversidade.

Campos

A tabela FAOAREAS lista todas as áreas estatísticas da FAO nas quais uma espécie ocorre e vice-versa. Um campo de escolha múltipla classifica as ocorrências em: nativa, endémica (ou seja, não ocorre em mais nenhuma área FAO); reintrodução (ou seja, após a extirpação); duvidosa (ou seja, os casos em que é necessária confirmação). As estirpes e os híbridos artificiais são sempre classificados como introdução, mesmo que a estirpe seja originária da área FAO em questão.

Status
 
 
 
 
A área de distribuição de muitas espécies não está ainda bem estabelecida

Esforçámo-nos para que esta normalização geográfica básica abranja todas as espécies. Contudo é de notar que a área de distribuição de muitas espécies não está ainda bem delimitada e que frequentemente não é claro se ela se estende a uma área adjacente ou não. Também as fronteiras das áreas FAO atravessam regiões faunísticas e portanto o número de espécies, por exemplo, na área 61, noroeste do Pacífico não é representativa para o noroeste do Pacífico, porque inclui muitas espécies tropicais que se distribuem para norte, até Taiwan e ao sul do Japão, ambos incluídas na área 61. Tencionamos utilizar as províncias biogeograficas de Longhurst (1995) para uma subdivisão dos ocenos mais minuciosa e com maior significado ecológico.

Só os peixes diádromos, como a enguia europeia (Anguilla anguilla), estão ligadas a áreas continentais e marinhas; os muitos peixes tropicais que regularmente entram nos estuários dos rios ou nos lagos costeiros para se alimentarem, não estão ligados às áreas continentais da FAO, a fim de evitar confusões.

Como chegar lá

Acederá à tabela FAOAREAS clicando o botão Limites na janela ESPÉCIES e o botão FAO areas na janela STOCKS RANGE.

Referências

FAO. 1995. FAO Yearbook: Fishery statistics, catches and landings. Tome 76. Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, Italy. 687 p.

Longhurst, A. 1995. Seasonal cycles of pelagic production and consumption. Progress in Oceanography, 36: 77-167.

Rainer Froese